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TEXTO MARIANA MELLO MORAES | REPÓRTER DE IMAGEM HÉLIO DE OLIVEIRA | FOTOS ILANA BAR
O coração dos donos, já fisgaram. Agora, cães e gatos conquistam território nobre na casa: grama na varanda do apartamento, casinha forrada de couro ecológico e outras ideias que você pode reproduzir
Billy brinca na grama-são-carlos que cresce a pleno sol. “Se a varanda for sombreada, recomendo a grama-de- santo-agostinho”, diz Ivani Kubo.
(Foto: Ilana Bar)
Gramado privativo
Mesmo morando em apartamento, em São Paulo, SP, o west highland white terrier Billy e o yorkshire Burtikus podem se dar o luxo de brincar na grama – e também usá-la para fazer as necessidades. Elaborado pela paisagista Ivani Kubo, o projeto foi pedido pela proprietária, que não tem tempo para passear com eles. na varanda de 8 x 4m, Ivani idealizou uma contenção de cruzetas de 3 x 0,75 m. dentro dela, colocou uma camada de argila, outra de manta geotêxtil, depois terra e grama-são-carlos. “Essa grama é adequada porque não pinica os cães”, diz a profissional.
Em vez de apenas colocar móveis, a paisagista fez desta varanda um jardim, com pedriscos e frutíferas (Foto: Ilana Bar)
Toalete ao fundo
Mogli, Jéssica e Bianca vivem num espaço considerado, para os padrões caninos, uma mansão. Construído pelos proprietários Luiz Otávio Debeus e Tadeu Masser, o canil de 30m² tem área de convivência, dois quartos e, nos fundos, um “banheiro”, que ocupa 3,60 x 1,20 m. sobre uma camada de terra, foi colocada outra de areia. Por cima de tudo, seixos. A composição absorve o xixi e minimiza o odor. As fezes retidas na superfície são removidas com apá. “A manutenção é trocar areia e seixos a cada 3 meses”, diz Tadeu nasser.
Nos fundos do canil, a faixa de terra, areia e seixos funciona como banheiro.Lá está o terranova Mogli, observado pela vira-lata Bianca (Foto: Ilana Bar) Lá está o terranova Mogli, observado pela vira-lata Bianca (Foto: Ilana Bar)
A gata Penélope se esparrama no quarto claro e ventilado, que tem arranhadores cilíndricos, fixados na parede, e nichos organizadores feitos de alvenaria (Foto: Ilana Bar)
Quarto de brincar e dormir
A carioca Mirian dos Santos estava na seguinte situação: cinco gatos e um terraço ocioso nos fundos de casa, no Rio de Janeiro, RJ. Decidiu transformá-lo no quarto de Tom, Penélope, Nina e Pabby – Shaiene, a quinta gata, não se dá com os demais. Mais do que quarto, o espaço é um parque de diversões para os bichanos: há postes para escalar, patamares com rampas de acesso, arranhadores e brinquedos. O revestimento cerâmico do chão e das paredes favorece a limpeza. Aberturas com tijolos de vidro proporcionam entrada de sol. “O quarto é conveniente quando recebo visitas e preciso prender os gatos. eles não ficam confinados”, diz Mírian, autora do blog bichanofeliz.blogspot.com.
Sob a pequena laje, caixas higiênicas (as azuis) são os “banheiros”. Dentro delas, há areia. Tijolos vazados foram estrategicamente colocados nessa área, para minimizar o odor. A bancada serve para dar banho e limpar as orelhas dos gatos. Escalar o poste é uma das maneiras de pabby chegar ao patamar. Outros caminhos são as rampas e a escadinha presa a cabos de aço (ao fundo) (Foto: Ilana Bar)
Tal dono, tal pet
Projetado pelas arquitetas Elaine Delegredo e Luciana Corrêa, este canil de 4,20 m² é a réplica da casa dos donos: tem revestimento de tijolo de demolição e telhado com caídas. Ali vive a cadela basset hound Patchola. Portas e janelas de vidro temperado garantem ventilação e entrada de luz. “Criamos um visor na altura dela, para que possa olhar o jardim”, conta Luciana. O piso, feito de cacos de azulejo, é idêntico ao que reveste toda a área externa da residência, em são Bernardo do Campo, SP.
Para proporcionar conforto térmico, o canil recebeu forro de madeira. Pelo visor, a moradora” confere o movimento do lado de fora (Foto: Ilana Bar)
A casinha de Dagoberto tem a decoração de peças de ferro fundido com pintura eletrostática e recorte de madeira em forma de osso. As bolas de musgo sintético representam um “jardim”
(Foto: Ilana Bar)
Favor apagar a luz
Dagoberto é um cãozinho cheio de nove horas. Tem seu lado certo no sofá – ai de quem sentar ali –, cumprimenta a vizinhança pessoalmente e só pega no sono no escuro. essa última peculiaridade obrigou sua dona, a designer Juliana Daidone, a providenciar uma casa que pudesse ser transportada pelos cômodos (Dagoberto se recusa a passar a noite do lado de fora). Feita de madeira, 39 x 52 x 50 cm,a habitação recebe um assa corrida e pintura no telhado – este, removível.Uma manta de couro ecológico, presa com velcro, reveste o lado de dentro.“ agora, ele dorme sossegado e quentinho,mesmo comas luzes acesas”, diz Juliana.
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