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No quintal de casa ou na varanda do apartamento, é hora de criar uma decoração aconchegante e encher o espaço de verde. Vamos lá?
Parte 1
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Reportagem Visual Zizi Carderari | Texto Lucila Vigneron Villaça e Simone Raitzik | Fotos Marco Antonio | Ilustrações Carlos Campoy
Neste pedaço, quem manda é o Alfredo, um simpático pointer mestiço de pelo marrom. Todos os dias, ele curte seus momentos de preguiça esparramado na chaise-longue de ferro, mas topa numa boa dividir o espaço com seus donos – um casal que adora tomar sol no quintal, seja inverno, seja verão. “É aqui também que a gente serve o café da manhã nos fins de semana. Aí aproveito para usar minhas louças preferidas”, conta a moradora, proprietária de uma loja de objetos de decoração. Até mesmo os filhos, que já saíram de casa, fazem do lugar o point oficial dos churrascos com os amigos. A turma pode variar, porém uma coisa é certa: ao cair da tarde, o perfume inebriante da dama-da-noite se espalhará pelo ar.
O café da manhã cheio de frutas é servido no quintal de fim de semana.
Detalhe do café da manhã no quintal.
Café da manhã ao ar livre.
A dona da casa é fã da decoração dessa região italiana. Por isso, quis criar uma atmosfera semelhante no quintal. “O local é pequeno e ensolarado, bem com a cara dos pátios toscanos”, conta. Ela tratou de reforçar o clima com elementos típicos, como o piso de tijolos rústicos em zigue-zague, a parede coberta pela trepadeira hera-canadense e o verde-clarinho aplicado nas portas-balcão.
O pointer mestiço de pelo marrom, Alfredo, se esparrama pela chaise-longue de ferro.
O quintal é equipado com mesa de refeições (Leroy Merlin) e um nicho secreto, fechado com uma porta veneziana verde que oculta churrasqueira e forno de pizza. Cadeiras e aparador da Entreposto.
O espaço amplo, de 100 m², é resultado da junção de duas varandas. Ele pertence a um casal de origem italiana que decidiu morar em apartamentos separados, lado a lado no mesmo andar, e compartilhar esta área de convivência. “Até se mudarem para o prédio, eles viviam numa casa cheia de plantas e desejavam continuar cercados de verde”, conta o paisagista Leo Laniado. A sensação de jardim veio com as várias espécies em vaso, algumas altas e volumosas, que preenchem o local de forma harmoniosa. “Retiramos a parede de gesso que separava os ambientes. Nas laterais, as treliças de madeira dão privacidade e servem de suporte para trepadeiras”, diz a designer de interiores Rosa May Sampaio, autora da decoração.
A varanda virou um ambiente de estar, com sofá da Conceito Firma Casa, poltronas e mesa de centro da Etel. No canto de leitura, o morador quis colocar uma chaise-longue confortável junto da antiga roca italiana. Para que o espaço possa ser usado mesmo em dias de muito vento ou chuva, foi fechado com painéis de vidro deslizantes (Vetro System). O sol excessivo é barrado pelas cortinas rolôautomatizadas da Luxaflex (Arthur Decor). Exuberante, a espécie tropical se adapta muito bem a ambientes internos, uma vez que não suporta o excesso de luz. Ela também não gosta de vento – aqui, está protegida pelo vidro que fecha a varanda.
A sensação de jardim veio com as várias espécies em vaso, algumas altas e volumosas, que preenchem o local de forma harmoniosa.
Detalhe das flores na varanda.
Olhando assim, da área externa, nem parece que esta casa fica numa zona urbana do Rio de Janeiro. A atmosfera de campo é a resposta ao desejo dos moradores: ter um quintal gostoso e com cheiro de mato. “Quando eles nos contrataram para a reforma, disseram que há tempos pensavam numa varanda de estar rodeada de plantas”, conta Luiz Eduardo de Almeida, que assina o projeto com o sócio, Beto Figueiredo, da Ouriço Arquitetura.
Um jardim com ares de mata não pode ser muito certinho. O caminho sugerido pelo paisagista Louis Marcelo Nunes foi adotar uma vegetação mais desordenada e, para combinar com ela, os arquitetos apostaram num ambiente rústico, com muita madeira e a cobertura de esteiras de cipó.
Veja parte 2
Desenvolvimento