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Você pode preencher o espaço com um agrupamento de pequenos quadros, uma pintura especial, um tecido ou outras ideias bacanas. Nós ajudamos de cinco soluções incríveis.
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Reportagem Visual Juliana Hamacek | Texto Cristina Dantas | Fotos Evelyn Müller
Conjunto de obras - “Não há mais regras na hora de pendurar quadros”, avisa o arquiteto Antonio Ferreira Junior, sócio de Mario Celso Bernardes. Pode ser até que um pequeno acidente resulte numa organização mais instigante. Foi o que aconteceu na montagem deste arranjo: antes de furar a parede, Junior experimentou a disposição sobre o piso. Um esbarrão desalinhou as duas obras menores, ao centro. E, assim, a composição ganhou muito mais personalidade. Tela maior deslocada – um bom conjunto, ensinam os arquitetos, tem mais de um ponto de atração. Por isso, a tela geométrica ficou afastada das demais. Tons de cinza – a cor da parede (Prata*, da Suvinil) é replicada no sofá, da Jocal. O tapete azul é da Punto e Filo. Ar vintage – criada nos anos 1960 por Sergio Rodrigues, a poltrona Beg veio da Filter. Mesa lateral e luminária da mesma loja.
Textura de concreto - A parede pode se bastar. Para isso, precisa ter algum tratamento que justifque sua nudez e um entorno interessante. No caso deste canto da loja Conceito Firma Casa, em São Paulo, as faixas horizontais surgiram na reforma comandada pelos arquitetos René Fernandes Filho e Adriana Rossi. Foi preciso reforçar a estrutura, e a fôrma usada na concretagem causou o efeito no cimento úmido. Estofado no tom – na ambientação proposta por Renato Dib, o tecido do sofá Fancy, da italiana Vibieffe, segue o cinza da parede. A almofada da designer Elisa Lobo reproduz uma figura criada pelo artista Egon Schiele. Toques de metal – o alumínio da mesa de centro Galho e o cobre da luminária Elbow trazem brilho. Peças da Conceito Firma Casa.
Uma fotografia - Parte da graça desta composição está no jeito de expor: a foto Rayuela (80 cm x 1,20 m), de Janaína Wagner (Compota), fca apoiada na prateleira Chaix (25 cm de profundidade), do Estudiobola. Isso permite variar a obra sem precisar furar a parede. A superfície é clara, assim como o sofá (Estudiobola), o que ressalta o trabalho de arte. Só os acessórios exibem cores vibrantes. Arte em alta – sobre a mesa lateral há, ainda, a luminária Borboleta (Compota), com fotos retroiluminadas, invenção de Christian Gaul. Vermelho aquece – o tapete (Botteh) levanta o visual do ambiente. Vibrante, a tonalidade reaparece no banquinho da Benedixt.
Tapeçaria colorida - Colocar uma cor forte como este verde na parede do estar exige certa atitude. Tania Carvalho, proprietária da loja Grado, queria mesmo algo marcante para personalizar o ambiente. “Este tom é tendência”, explica. No entanto, pode tornar a decoração austera. A solução, segundo ela, é acrescentar nuances vivas ao espaço. Trazida do México, a tapeçaria caiu como uma luva. Paleta harmônica – as almofadas da Designers Guild (Empório Beraldin) e a mesa lateral repetem matizes da tapeçaria, recurso que cria unidade. Já o sofá e o tapete neutros (Grado) propiciam leveza. Integração visual – como a sala fica em frente a um jardim, a cor Floresta Temperada* (Suvinil) prolonga esse espaço.
Pintura manchada - O tie-dye, técnica de tingimento em voga nos anos 1970, ganhou aqui uma versão atualizada – e ousada, já que ninguém espera vê-la numa parede. A designer Isabelle De Mari, dona do espaço, acionou as artistas do Adriana e Carlota Atelier de Pinturas. “Neste trabalho, há um azul intenso em meio aos tons pastel. A cor chamativa é uma infuência direta da moda”, explica Isabelle. Nada na frente – cheia de nuances, a pintura deve ser apreciada por inteiro. Por isso, a superfície permanece livre de quadros e outras interferências. Contraponto necessário – o mobiliário também não pode brigar com o trabalho, tão delicado. Na seleção de peças, todas da Olho Interni, branco e madeira clara reinam.
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