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Conheça as opções de refrigeração domiciliar e saiba

 

as suas vantagens e  desvantagens

 

 

Nem quente, nem frio: a busca pelo ar-condicionado ideal em casa envolve, acima de tudo, planejamento orçamentário

 

matéria publicada por 

 

por Ana Carolina Bolsson

 

 

No Home Office da Blogueira de Moda (acima), na Mostra o split com frente espelhada preto também definiu o projeto. "É muito comum, em função das esperas, o split determinar o layout. Nesse caso, só podemos variar no acabamento do aparelho", diz a arquiteta Letícia Sá
Foto: Eduardo Liotti / Especial

 

Faltando pouco mais de um mês para o início oficial do verão, a preocupação com a climatização da casa ganha status de urgência na pauta domiciliar. Quando a ventilação natural já não é suficiente para aliviar o calorão, começa a busca por modelos de condicionadores de ar para resfriar e reduzir a temperatura dos ambientes. Porém, eleger o modelo adequado às necessidades dos moradores e integrá-los à decoração sem comprometer o orçamento nem sempre é simples, principalmente com a gama de modelos disponíveis atualmente.

 

A escolha do melhor aparelho depende principalmente de fatores como o tamanho do cômodo, a incidência solar e a viabilidade técnica. Contudo, o custo ainda é determinante na hora da compra, considerando que, além do aparelho, é necessário orçar a mão de obra.

 

Atualmente, o modelo domiciliar mais usado é o split, respondendo por 65% do mercado, de acordo com a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava). A sua principal característica é ter duas unidades: uma interna, onde é feita a filtragem e a evaporação do ar no ambiente, e outra externa, longe dos olhos e dos ouvidos, onde é alocada a condensadora, a parte mais barulhenta do aparelho.

 

Exceto nos prédios novos, nos quais a espera para split é prevista e entregue pronta, a sua instalação nas construções antigas ainda exige quebradeira com mão de obra especializada para que sejam embutidos os dutos de ar e os fios elétricos.

 

Elegância e eficiência


Dentro da categoria split, as opções com design diferenciado ganham força no mercado como uma alternativa para quem almeja um aparelho estiloso integrado à decoração, sem perder em desempenho e qualidade de refrigeração. Foi o que ocorreu no Home Office da Blogueira de Moda (alto), ambiente da Mostra Casa&Cia, prorrogada até 24 de novembro, com projeto desenvolvido pelas arquitetas Letícia Sá e Joana Feijó.

 

O modelo split de 12 mil BTUs com frente preta espelhada (polímero de alta resistência com acabamento uniforme) e design elaborado se harmoniza com o estimulante espaço projetado para uma jovem antenada.

 

– Optamos por esse modelo por causa do visual high-tech, que casa com o projeto e o perfil da usuária. Também escolhemos ele em função das linhas retas, que são mais atuais do que as arrendondadas dos splits convencionais – defende Letícia.

 

Confira abaixo as vantagens e as desvantagens dos quatro tipos de refrigeração domiciliar mais comuns e saiba quando escolher cada uma:

 

SPLIT


POSITIVO
A grande vantagem do split está no nível baixo de ruído: por ser dividido em duas unidades, permite instalar a máquina condensadora (na qual fica o compressor, o causador do barulho) na varanda ou do lado de fora da janela, deixando o interior livre de ruído, ao receber o ar soprado pela parte evaporadora do aparelho. Seu modelo mais avançado consiste no aparelho com sistema inverter, que é capaz de atingir a temperatura desejada rapidamente e mantê-la constante, com ruído menor e pouca oscilação de energia, tornando-o até 70% mais econômico do que os aparelhos tradicionais de janela.

 

NEGATIVO
Em prédios antigos, é quase impossível fugir da obra de pré-instalação para embutir os dutos e os fios do split. Soluções de marcenaria ou em gesso ajudam a camuflar os canos quando a quebradeira se tornar inviável. As construções novas já contam com espera pronta.

 

 

CASSETE

 

 

Nesta imobiliária em Gravataí, projetada pela arquiteta Andrea Bonotto, o cassete foi a opção natural. "O cliente queria que o aparelho sumisse visualmente e, como tínhamos um pé-direito bom, de 3,55m de altura, pude rebaixar 70cm para colocar os dois aparelhos, cada um de 46 mil BTUs, numa área de 118 metros quadrados totais", explica a arquiteta Andrea

 


POSITIVO
Recomendado para ambientes maiores, como livings estendidos onde haja um fluxo constante de pessoas, por terem ótima capacidade de refrigeração e em todos os sentido (360º). Seu design discreto e totalmente embutido no gesso valoriza a arquitetura, integrando-se ao projeto sem comprometer o visual.

 

NEGATIVO
Exige obrigatoriamente rebaixo de gesso de cerca de 30cm, no mínimo, para instalação de dutos e fios, inviabilizando o uso em locais onde o pé-direito já seja reduzido.

 


PORTÁTIL

 


POSITIVO
Apesar de precisar ser acoplado a uma saída de ar, este produto (abaixo) é portátil porque permite mobilidade de um cômodo para outro ou até mesmo para outra casa – como para a morada de praia. Este ar-condicionado portátil é recomendado como uma solução temporária para quem quer evitar a quebradeira da reforma. Além disso, também é usado quando o prédio não permite a instalação de um aparelho convencional na fachada.
Muitos modelos contam com design atualizado e tecnologias avançadas com multifunções, que integram sistemas antigermes e poluentes do ar, recursos semelhantes a aparelhos como split ou de janela.

 

 

NEGATIVO
Como todo elemento de dimensões maiores, que rouba espaço e se impõe na estética do ambiente, se torna um vilão dos arquitetos. Além do volume único dotado de rodízios, o produto vem acompanhado por um duto flexível que precisa necessariamente ser acoplado a uma saída externa – janela ou porta –, para que a troca de calor seja efetuada. Caso contrário, o ar quente seria jogado para dentro do ambiente, diminuindo a eficiência de refrigeração. Mesmo na função de aquecimento, é preciso contar com uma porta ou janela externa.

 

AR DE JANELA

 

 

Neste dormitório de um adolescente, os proprietários não quiseram substituir o ar-condicionado de janela preexistente por um modelo mais atual. No projeto de interiores da arquiteta Carina Fraeb, a moldura em madeira aparente que envolvia o ar foi pintada de branco. "Também podíamos ter pintado as ripas de cinza, da mesma cor da parede ou de um tom igual ao aparelho. O importante foi tirar o ar de ultrapassado da cor da madeira e harmonizar com o restante das aberturas brancas", diz a arquiteta

 


POSITIVO
Tradicionalmente, os modelos de janela são a opção mais econômica se comparados aos aparelhos do tipo split. Mesmo assim, não significa que o seu desempenho seja inferior ou ruim. Ao comprar um modelo de janela, convém escolher um equipamento com selo de melhores níveis de eficiência energética, o que proporcionará economia significativa na conta de energia elétrica. O ideal é o modelo da categoria A, conforme o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel).

 

NEGATIVO
Sua natureza estrutural, de motor unido à parte interna, faz com que o ruído seja uma das principais reclamações quanto ao seu desempenho.


Fonte: Rodrigo Teixeira, gerente de marketing de produtos da Midea Carrier

 


DICA DE ESPECIALISTA: atenção ao orçamento


É importante ressaltar, porém, que a climatização ou conforto térmico não é uma questão simples. Há os que tentam evitar os ambientes isolados da temperatura exterior e os que acionam o ar-condicionado tão logo cruzam a porta de casa.

 

O certo é que os aparelhos de controle da temperatura ambiente consistem em uma necessidade da vida moderna e o seu custo é um dos fatores primordiais na escolha do equipamento.

 

Split com frente espelhada e sistema chamado inverter encantam pelo visual e a economia de energia, mas podem significar investimento cerca de 50% maior do que o modelo básico. Buscar promoções ou comprar mais de um aparelho por vez podem contribuir para reduzir o custo que, é preciso lembrar, inclui a pré-instalação.

 

 

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