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11 jardins guardados dentro de casa

Como levar o verde para espaços internos

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Plantas dentro de casa trazem frescor, vida e conforto visual. Do piso às paredes de diversos ambientes, há muitas maneiras de imprimir esse toque de bem-estar. Abaixo, 11 delas que se destacam. Inspire-se!

Um átrio com História
Lorenzo Castillo

Acredite: este exuberante pátio interno de uma casa em Madri, na Espanha, já foi local de descanso para cavalos. É que a construção data do século 17, quando foi convento e, depois, palácio da nobreza. Agora, é a morada do designer de interiores Lorenzo Castillo, que imprimiu sua marca ao espaço. “O pátio funciona como o coração da casa, pois é preciso passar por ele para adentrá-la. Como tem cobertura de vidro, montei ali um jardim interno que também é espaço de estar”, conta Lorenzo. Plantadas em vasos, as abundantes folhagens de fícus, heras e samambaias dão ares tropicais à área verde, que tem ainda daybeds de vime de Pierre Lottier revestidas por tecidos de Madeleine Castaing. A imponente escultura de 3 m de altura reproduz a figura de Lorenzo de Médici, de Michelângelo.

 


Exótica contemplação
Isay Weinfeld

O jardim interno assinado por Rodrigo Oliveira é parte importante do projeto desta casa projetada por Isay Weinfeld, por isso o arquiteto criou um espaço de 19 m² inteiramente banhado por luz natural. É que ali foi instalada uma cobertura de vidro – sob ela, fica uma treliça de alumínio que ajuda a filtrar a insolação, criando um ambiente de meia sombra. A ideia era dar forma a um jardim minimalista e exótico, bem diferente da mata exuberante da área externa. Implantado num nível superior em relação ao piso da residência, ele se compõe de uma laje coberta por 40 cm de terra, onde são cultivadas patas-de-elefante, cicas e dicondras, que convidam à contemplação, assim como a escultura de Tomás Saraceno.

 


Divisória natural
Valéria Gontijo

As grandes áreas de estar desta casa em Brasília se dividem em diferentes ambientes. Para demarcar essa transição de espaços, a arquiteta Valéria Gontijo, autora do projeto, pediu ao paisagista Alex Hanazaki que criasse um canto verde. “Fizemos um rasgo no chão para plantar as espécies diretamente no solo e colocamos ali um jasmim-manga que, junto com a forração barba-de-serpente, dá um efeito lindo. O jardim parece brotar do piso”, diz Alex. Os grandes panos de vidro da fachada garantem que as plantas recebam luminosidade para ficarem saudáveis, e a rega é feita dia sim, dia não, de forma manual. Para que a árvore não atinja o forro, são executadas podas periódicas. O piso tem revestimento de travertino navona.

 


Temperos à mão
Ana Yoshida

A varanda desta morada na Granja Viana, em São Paulo, é o xodó do casal que adora receber. O lugar é cenário de churrascos, pizzas e refeições. Na hora de cozinhar, eles gostam de ter à disposição temperos fresquinhos, por isso a arquiteta Ana Yoshida incluiu no projeto uma horta sobre o armário de demolição projetado por ela: “A horta tem revestimento interno de aço galvanizado, e sob ela ficam gavetinhas para recolher a água”, conta Ana. Alecrim, manjericão, hortelã, tomilho, salsinha, cebolinha e pimentas crescem logo atrás da bancada de trabalho feita de concreto. Para que as plantas recebam a luminosidade necessária, a cobertura, apenas naquela área, é de vidro com esteiras de bambu.

 


Relax na lage
Guilherme Torres

Na reforma de sua casa em São Paulo, o arquiteto Guilherme Torres resolveu usar a laje sobre a cozinha para uma boa causa: instalou nela um canteiro de plantas e uma banheira para compor um canto de relaxamento. “Como o ambiente é todo branco ou tem revestimento de cimento polimérico, as plantas trazem cor ao espaço”, diz Guilherme. Foram plantadas apenas costelas-de-adão diretamente na terra, com 40 cm de profundidade. Essa espécie, que precisa de iluminação mas não gosta de sol excessivo, fica protegida da incidência solar pelos muxarabis de madeira colocados no forro. Acima deles, a cobertura de vidro retrátil pode ser aberta quando se quer mais ventilação. O revestimento é da NS Brazil, os metais são da Deca e o quadro foi garimpado numa viagem à Índia.

 


Levada tropical
Dado Castelo Branco

A integração da varanda ao living neste apartamento paulistano não visava apenas agregar espaço à área social, mas também criar um ambiente em que os moradores pudessem estar em contato com a natureza. Posto isso, o arquiteto Dado Castello Branco pensou num jardim vertical junto à fachada envidraçada, para que as plantas sejam beneficiadas pela luz natural e, ao mesmo tempo, componham um cenário verde no canto de estar, que traz sofá da Casual Exteriores, mesa lateral da Érea, abajur da Ana Luiza Wawelberg e mesa de centro da Tora Brasil. Distribuídas em vasos pendurados no painel metálico – pintado de cinza, assim como a parede do fundo –, ficam as jiboias, samambaias e peperômias, espécies tipicamente tropicais e de folhagens profusas.

 


À prova de adversidades
Gilberto Cioni e Olegário de Sá

Neste cenário de um programa de TV, criado pelo decorador Gilberto Cioni e pelo arquiteto Olegário de Sá, quase tudo é móvel: as poltronas e os acessórios, os painéis de madeira e até o jardim vertical. Para que ele se mantenha bonito mesmo com as mudanças de lugar, foi encomendado um projeto cuidadoso à paisagista Gica Mesiara, da Quadro Vivo, que usou uma estrutura metálica de 2,50 x 3 m para apoiar os recipientes das plantas, onde ficam as muitas mudas de liríope. Juntas, as folhagens em abundância formam um fundo exuberante, que remete à mata natural. “Como ficam expostas a condições mais adversas, com arcondicionado e pouca luminosidade, colocamos as plantas em substratos especiais, com nutrientes que compensam as deficiências do local”, explica Gica.

 


Painel Providencial
Marcelo Rosset

Apesar de receber uma boa quantidade de calor e iluminação, a varanda deste apartamento foi fechada para se integrar ao living, como resultado da reforma projetada pelo arquiteto Marcelo Rosset. Para compor um canto verde como os moradores queriam, ele requisitou a ajuda da paisagista Claudia Diamant e juntos optaram por um jardim vertical básico, mas charmoso. As plantas eleitas, além de bem adaptadas às condições existentes, prescindem de cuidados especiais. São samambaias nas floreiras metálicas superiores, enquanto a base abriga dracenas. Como fundo, a parede revestida por ripas de freijó forma um conjunto harmônico com as poltronas e mesas de madeira da Gervasoni, na Casual Móveis.

 


De plantas e água
Debora Aguiar

A sala de jantar da cobertura dúplex de um jovem casal de empresários foi integrada ao amplo terraço existente, no projeto da arquiteta Debora Aguiar. Como o ambiente recebe iluminação através do pergolado vazado de freijó coberto por painéis de vidro, foi possível instalar ali um grande jardim vertical: executado pela Quadro Vivo, ele se compõe de samambaias azul e paulistinha e serve como pano de fundo para o banco com escultura de Bia Doria. A água que escorre pela parede do jardim é recolhida no espelho-d’água logo abaixo, produzindo o agradável som do líquido em movimento. “Isso cria uma atmosfera de paz e tranquilidade, como o casal imaginou”, afirma a arquiteta.

 


No meio das salas, uma árvore
Alessandro Sartore

São jiboias, plantas naturalmente trepadeiras, que escalam os 20 m de altura do tronco de Betânia – a imensa mangueira do projeto assinado por Alessandro Sartore, no Rio de Janeiro. Ela estava no centro do terreno de 800 m², no Itanhangá, quando Rodrigo Quadrado adquiriu a propriedade. A sala de jantar (à dir.), com mesa Dinn e cadeiras Atibaia, de Jader Almeida, e quadro de Marcelo Solá, se integra ao living e ao home theater. “Todos unidos e protegidos pela árvore, que oferece frescor nos dias de temperaturas elevadas. Não precisamos de ar-condicionado”, afirma Rodrigo. O toque final vem das costelas-de-adão junto às raízes aparentes.

 


Costelas-de-adão no quarto
Brunete Fraccaroli

O dormitório de casal faz parte do espaço Meu Mundo em Chocolate, apresentado pela arquiteta Brunete Fraccaroli na Casa Cor São Paulo de 2014, inspirado por composições com as cores do alimento – são tons de marrom, dourado e acinzentado, como no piso Dekton, da Cosentino. O jardim vertical atrás da cama da Madeira Bonita, com cabeceira de couro da Maria Coura, tem vasos revestidos de espelhos bronze, que abrigam costelas-de-adão de diversos tamanhos. Para garantir a incidência de luz que abastece as plantas, foram instalados um pergolado de madeira, da Evviva Bertolini, e uma cobertura de vidro, da Guardian. Pontos de iluminação executados pela La Lampe e pendentes da Scatto.

 

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