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Uma mistura improvável de cores vibrantes dá vida, humor e inspiração aos moradores deste apartamento: a arquiteta Letícia Arcangeli e seu marido
No living, ao lado do painel de Catalina Estrada, a buldogue Dóris ganha colo de Letícia. Tapete da L’Oeil e sofá da Decameron revestido de veludo da Donatelli. A almofada é da TRI.CO Decor (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)
A poltrona Monalisa, de Cíntia Gomes para Estar Móveis, dividesala e cozinha. Lustre de Marizza Prado e, ao fundo, estantebaixa da Santíssima Fé Marcenaria, laqueada no mix de coresVioleta Veneziana e Azul Anil, da Coral. Da mesma marca, ocinza Titânio foi usado no teto (Foto: Edu Castello/Editora Globo)
“A cor é um caminho sem volta.” Depois de 11 anos projetando casas de um colorido apaixonante, a arquiteta Letícia Arcangeli pode dizer isso mais de três vezes, como fez, na tarde em que recebeu Casa e Jardim. Em sua experiência, coleciona casos de clientes que queriam algo mais neutro, mas se encantaram pelos tons vibrantes usados por ela. “Não sei fazer de outro jeito”, diz. No entanto, para este apartamento de 147 m², no ABC Paulista, ela achou que seria diferente. A decoração foi acontecendo em uma tentativa árdua de não colorir muito. Mas o exercício deu errado – ou melhor, muito certo – porque a mistura de tons foi inevitável.
O ponto de partida foi o painel de Catalina Estrada, artista colombiana também apaixonada pela profusão de vermelhos, verdes e outras nuances que terminam em festa para os olhos. “Idealizava este papel de parede antes mesmo de bater o martelo sobre o apartamento. A partir dele, tudo fluiu.” O marido da arquiteta, o empresário Marco Zancanaro, telefonou logo após a instalação. “Ele disse que tinha sensações de querer dançar em frente ao painel, de tão incrível”, ri Letícia.
A varanda traz azulejos da De Stijl, mesa com pintura automotivae cadeiras customizadas pela Santíssima Fé Marcenaria. Cestada L’Oeil (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)
Por todos os lados se vê o Amarelo Real: a cor preferida da arquiteta é seu trunfo para dar alegria aos espaços. Junto a ele, verdes profundos e o teto cinza equilibram o mix. Foram testados dia após dia por ela – um grande ensinamento para quem quer ousar sair da paleta neutra. Os móveis coloridos são uma atração à parte. Carregam a marca registrada da Santíssima Fé Marcenaria, comandada por Letícia.
Como já havia matizes bem vibrantes em todos os lugares, a arquiteta optou por um rosa suave na cozinha, projetada em clima vintage. “Este tom tem ar cítrico, que dá vontade de comer”, diz Letícia. Sensações assim se tornaram uma de suas grandes lições de arquitetura na prática diária de 11 anos. “Se você pinta sua casa de cinza, vê o mundo cinza.” Quer dois conselhos da profissional? “O número um é não ter medo. O dois é procurar ajuda especializada, para não se perder e não desanimar. Quando trazemos à decoração tudo o que nos alegra no dia a dia, ganhamos novas inspirações, uma energia diferente.”
O Magenta K141, da Montana, destaca o fundo da estante de pínus com acabamento fosco. À esq., a porta recebeu tinta turquesa em tom Maravilhas Gregas, da Coral. O projeto é da Santíssima Fé Marcenaria (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)
A cor rosa Delícia, da Coral, foi a escolhida por Letícia para laquear os armários da cozinha | As quinas da copa ganharam portas extras e tornaram-se úteis no projeto da Santíssima Fé Marcenaria (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)
No quarto do casal, o papel de parede de Catalina Estrada é emoldurado pelo painel de pínus fosco. Colcha e almofadas da Pip Studio. Luminárias da Cristiana Bertolucci Estúdio (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)
Área zen: sobre a cama, colcha da Tissa e almofadas da Tamtum. Na parede, a partir do alto, as cores Amarelo Real, Rosita, Roxo Paixão, Majestade, Azul Petróleo e Azul Mergulho, da Coral (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)
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