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CASA DE MADEIRA EM MEIO À NATUREZA
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Perto de São Paulo e cercada pela vegetação, a casa de madeira de 220 m² em condomínio na Granja Viana é o plano de vida concretizado de um casal. Ali é possível criar o filho em espaços amplos e abertos com total liberdade
A fachada da casa feita de módulos de madeira pela Ita construtora (Foto: Victor Affaro)
Grazi e Leandro olham Raul brincar na varanda,que tem painel de Formica de lousa (à dir.). Na mesa, lanternas, da Benedixt, passadeira, da Reciclamundo, e bandeja e taças, da Regatta Casa. Cadeira Technicolor, da Tidelli (Foto: Victor Affaro)
A ilustradora Graziella Mattar e o sociólogo Leandro Marquez Benetti viviam bem no apartamento de 100 m² no bairro Higienópolis, em São Paulo, até nascer o filho, Raul. “Sentimos que precisávamos morar em uma casa”, diz ela. Mas não poderia ser em um lugar qualquer. “Cresci passando férias no sítio, que meus pais venderam, e queria que meu filho tivesse maior contato com a natureza”, conta Grazi. Por indicação de um amigo, eles chegaram ao condomínio Vila Taguaí, na Granja Viana, com oito casas de madeira projetadas pela arquiteta Cristina Xavier e feitas pela Ita Construtora. “O próprio engenheiro Helio Olga reservou a penúltima unidade, de 220 m², para nós”, lembra a moradora.
Antes de se mudar em junho passado, o casal garantiu a segurança de Raul na construção que tem três pavimentos, dois suspensos por pilotis. Depois de fechar com madeira as laterais da escada no térreo, eles instalaram guarda-corpos até a metade da janela na sala e nos quartos. “Escolhemos rede de proteção preta para sumir na fachada envidraçada”, diz a ilustradora. Através dos painéis de vidro, a visão da paisagem verde é ampla. “Mesmo deitada na cama, enxergo tudo lá fora”, afirma ela. “Temos vista privilegiada da piscina do condomínio.”
Por sorte, os vizinhos têm estilo de vida parecido com o deles. Como Grazi trabalha em casa, ela reveza com outras mães para levar os filhos de carro à escola. “É uma atitude sustentável, como a captação de água de chuva da casa. Isso dá consciência ecológica às crianças”, diz. Em vez de irem a restaurantes como antes, eles ficaram mais caseiros e recebem amigos, quase sempre na varanda, que fica no térreo e tem cozinha e churrasqueira. “É um espaço que usamos muito no verão. No inverno, é mais quentinho lá dentro.”
A sala é fechada na frente por painéis de vidro, fixos ou com abertura lateral do piso ao teto. Por segurança, o casal colocou guarda-corpo com tela de proteção. Sofás, almofadas, mesa de centro e tapete da Fernando Jaeger. arandelas de tecido Phillips, da Leroy Merlin (Foto: Victor Affaro)
Na decoração, Grazi e Leandro aproveitaram os móveis do antigo apartamento. De novo, apenas a marcenaria que desenharam sob medida para caber as coisas deles e as de Raul. “Não separamos os espaços que ele pode e não pode usar”, diz a ilustradora. A parte baixa da estante, na sala, é reservada aos livros do menino. No armário da cozinha, um nicho na altura dele guarda sua caneca e seu prato. “Ele pega tudo sozinho”, conta a mãe.
Embora tenha mesa de jantar, a família faz as refeições na bancada que separa o living da cozinha. “É boa para ficar porque é mais baixa do que a pia”, afirma Grazi. Contra o uso de berço, ela e o marido colocaram o colchão de futon no chão do quarto do menino. “A peça é flexível. Quando ele não quiser mais dormir nele, será um sofá”, explica a mãe. Em vez de suíte, o casal divide os dois banheiros com os três quartos. “Gostamos de compartilhar os espaços.”
Para quebrar o tom da madeira, que está nas paredes, no piso e no teto, os moradores desenharam a estante revestida de Formica branca, executada pela Madero Marcenaria. Os módulos de baixo são reservados para Raul guardar seus brinquedos, jogos e livros (Foto: Victor Affaro)
Como amam plantas, Grazi e Leandro fizeram em torno da casa um jardim, uma horta e um pomar. Na frente, eles colocaram três quaresmeiras, que, quando crescerem, vão filtrar o sol na sala e nos quartos. “Aqui de fato não parece que estamos em São Paulo”, diz a ilustradora. “Podemos perceber mesmo a natureza.”
A mesa de jantar e as cadeiras, da Maria Jovem, são separadas da cozinha pela bancada com tampo de Formica azul. Os armários embaixo e na lateral têm portas dos dois lados, da Madero Marcenaria. Vaso e fruteira, da Benedixt. Bancos da depósito Santa Fé (Foto: Victor Affaro)
As conquistas da família, por Grazi
O que esta casa tem de especial?
Fica em um condomínio perto de São Paulo e é cercada pela natureza. São oito construções distantes umas das outras e os moradores têm filhos pequenos e idade próxima da nossa.
Quais são as boas sensações de morar nela?
Como a casa é toda de madeira, nos sentimos bem acolhidos. No inverno é gostoso e quentinho. No verão, é fresca porque há bastante ventilação pelas grandes janelas.
Em qual lugar vocês mais gostam de ficar?
Principalmente na varanda, que é o espaço maior e aberto. Mas curtimos todos os cantos sempre juntos.
Qual é a imagem que melhor define a casa?
Uma casa na árvore. A primeira vez que a vimos imediatamente veio essa sensação. O sonho da casa na árvore. De verdade!
Minimalista, o quarto do casal tem apenas a cama e apoios laterais, da evolukit. As luminárias de papel-arroz são de loja do bairro Liberdade, em São Paulo. Roupa de cama da charada Home. Moringa da Reciclamundo (Foto: Victor Affaro)
No quarto de Raul, o casal optou pelo futon no lugar do berço. Zabutons, da Futon Company. Na lateral, luminária de papel-arroz laranja e cubo de espuma, da Tok & Stok. Da mesma loja é o móvel que fica do outro lado do quarto (à dir.). Porta-livros da Madero (Foto: Victor Affaro)
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