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Prédios ‘VERDES’ já atingem 10% do total do PIB de Edificações no Brasil.
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O valor total dos imóveis que reivindicam o selo sustentável atingiu R$ 16,6 bilhões no ano passado O valor das construções com projetos registrados para receber certificações de obra sustentável, os chamados prédios “verdes”, já atinge 10% do total do PIB de edificações — subdivisão do PIB da construção civil que exclui obras de infraestrutura.
Em 2010, os prédios “verdes” não ultrapassavam 3% do PIB setorial. O valor total dos imóveis que reivindicam o selo sustentável atingiu R$ 16,6 bilhões no ano passado, em comparação com um PIB de edificações de R$ 163 bilhões no mesmo período, segundo estudo realizado pela EY (antiga Ernst & Young).
O levantamento compreende dados sobre a movimentação econômica da construção verde no Brasil, evidenciando um aumento substancial da participação de empreendimentos sustentáveis na composição do PIB de Edificações ao longo dos últimos três anos.
Para Luiz Iamamoto, gerente sênior da EY, a busca pela certificação está presente em cada vez mais segmentos (como escolas, hospitais, estádios e edificações comerciais, entre outros), e até fundos imobiliários têm incluído a certificação como exigência para receber investimentos, o que vem impulsionando o mercado de construções verdes.
Ana Rocha Melhado, engenheira civil da consultoria proActive e pós-doutora em Projetos e Construção de Bairros Sustentáveis pelo Departamento de Engenharia de Produção da Universidade de São Paulo (USP), explica que “quando os projetos certificados começaram a ser comprados, as construtoras viam esse tipo de investimento como custo adicional. Hoje já entendem que o investimento feito a curto prazo pode até ser mais alto, mas ele é recuperado na velocidade de venda das unidades, além de reduzir em até 10% os gastos em um condomínio, em razão de projetos de eficiência energética e reuso de água.” conclui.
A certificação tem mostrado que agrega valor às construções ampliando a atratividade para a mercado imobiliário corporativo — principalmente por reduzir riscos operacionais e de investimento. Hoje, o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de construções sustentáveis, e logo deverá alcançar a terceira posição, desbancando os Emirados Árabes e ficando atrás somente de EUA e China.
Brasília
Em Brasília, a Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi), recebeu o certificado internacional AQUA (Alta Qualidade Ambiental) por atender aos critérios de desempenho da Qualidade Ambiental do Edifício (QAE), a nova sede contemplará soluções para assegurar conforto acústico, ambiental, higrotérmico e visual somando um investimento total em práticas verdes da ordem de 7%.
A nova sede da Ademi terá 750 m² e será modelo para o mercado imobiliário de construção verde. O início das obras aconteceu no dia 15 de agosto e a entrega está prevista para junho de 2015.
Ana Melhado destaca entre as medidas tomadas para tornar a construção sustentável ” a redução do consumo de água potável, por meio da instalação de sistemas economizadores e aproveitamento de águas pluviais, que servirão para a irrigação de jardins e limpeza de calçadas, onde não é necessária a potabilidade. Apesar de o projeto estar no início, a estimativa é de reduzir em 60% o consumo de água.
A redução de energia elétrica chegará a 30%, com a instalação de sensores de movimento, lâmpadas mais eficientes e com o aproveitamento máximo da iluminação natural. Além disso, nas áreas comuns da sede serão instalados dispositivos para coleta seletiva e as áreas de armazenamento de resíduos serão adequadamente dimensionadas.
A utilização de materiais sustentáveis também fará parte do projeto. A prioridade será encontrar produtos fabricados o mais próximo possível da obra, minimizando impactos com o transporte e otimizando os prazos de construção. As tintas e solventes utilizados serão à base de água ou que façam parte do programa Coatings Care, a fim de minimizar a emissão de poluentes e garantir a saúde dos usuários.
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