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O que cérebros pensam sobre nossas dietas?

 

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Quantas vezes ao fim de um dia de muito trabalho nos permitimos comer algo bem saboroso? E aquela barra de chocolate após uma estressante reunião? Difícil manter a dieta por muito tempo?

 

Descobrir o porquê dessas atitudes inexplicáveis ajudaria a melhorá-las? Vejamos… No livro “A mais pura verdade sobre a desonestidade”, Dan Ariley descreve testes que foram feitos em pessoas para averiguar seu grau de honestidade em vários sentidos, incluindo sermos honestos com nós mesmos! E, pasmem: nosso cérebro também nos engana!

 

Um dos experimentos feitos foi o seguinte:

 

Toda a fonte do mistério é a eterna luta entre Razão e Emoção. Baba Shiv da Universidade de Stanford e Sasha Fedorikhin da Universidade de Indiana, examinaram que caímos em tentação quando a parte racional do nosso cérebro está ocupada. O experimento foi feito com dois grupos de pessoas: a um grupo foi pedido que memorizasse um número de dois dígitos (digamos, 35); ao outro grupo, um número de 7 dígitos (exemplo, 7581280).

 

A todos os participantes foi informado de que deveriam atravessar um corredor e dirigir-se a uma sala onde repetiriam o número memorizado a um atendente e receberiam um valor em dinheiro. Caso não se lembrassem do número não haveria recompensa!

 

A todos foi dado certo número e, um a um, dirigiam-se à segunda sala. No corredor, havia um carrinho com pedaços deliciosos de bolo de chocolate e potes de frutas saudáveis. A eles era dito que poderiam comer uma ou outra sobremesa após o teste, mas que deveriam escolher imediatamente! A cada um foi dado um papel com sua escolha escrita.

 

Que decisões vocês acham que foram tomadas pelos participantes enquanto eles se esforçavam ou não para se lembrar do número? Com o nível mais alto de raciocínio ativado, os participantes com “7581280” na cabeça, sucumbiram ao delicioso bolo de chocolate, enquanto que o relaxado cérebro com dois dígitos para relatar, escolheu as frutas.

 

Baba e Sasha demostraram que quando nosso cérebro está ocupado memorizando, decidindo ou calculando algo, o sistema impulsivo ganha controle sobre nosso comportamento e tendemos a escolher o que requer menos decisão. Comer frutas é algo que a maioria das pessoas precisa se forçar a fazer!

 

Entendendo como nossos cérebros funcionam ou reagem, podemos direcionar nossas escolhas.

 

Fazer dieta é uma delas.

 

Com esses dados nas mãos, repense como alimentar-se saudavelmente em tempos de grandes decisões ou grande estresse. Na dúvida, seu cérebro vai mandar você “pular” em cima dos doces bonitos e suculentos.

 

Uma boa ideia é manter na bolsa as frutas e lanches que farão parte do sua ingestão do dia. Assim você pode dizer não para qualquer tentação, pois terá alimento “permitido” ao seu alcance o tempo todo. Programar suas refeições também ajuda muito no controle do “docinho instintivo”.

 

Outra dica importante – comer na hora marcada. Isso evita que surja uma fome “do nada” e te obrigue a ativar a parte emocional do cérebro!

 

Uma última – refeição “proibida” ao menos uma vez na semana, porque ninguém é de ferro.

 

Melhor ainda – porque seu cérebro é esperto!

 

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